correria às bombas

Após anúncio, postos de combustível registram longas filas em Santa Maria

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Deni Zolin (Diário)
Alguns postos registram filas de motoristas que tentam abastecer com os preços antigos. Novos valores começam a valer nesta sexta

Nesta quinta-feira à noite, postos de combustíveis de Santa Maria registram grandes filas de veículos. O elevado número de motoristas se deve ao reajuste nos preços que a Petrobras anunciou, nesta quinta-feira, e que passa a valer a partir de sexta. O reajuste será nos preços da gasolina, do diesel e gás de cozinha. O anúncio foi feito em meio à disparada nos preços do petróleo no mercado internacional devido à guerra entre Rússia e Ucrânia.

Para fugir do aumento, muitos santa-marienses optaram por abastecer ainda na noite desta quinta, com os preços antigos. 

Após o reajuste, o preço do litro da gasolina passa de R$ 3,25 para R$ 3,86 nas refinarias, um aumento de 18,86%. Nos postos, o litro deve subir R$ 0,54.

O diesel terá um aumento ainda maior, de 24% e deve passar a custar R$ 4,61 nas refinarias. Até então, o litro era comercializado a R$ 3,61. Na bomba, para o consumidor, o litro deve ficar R$ 0,81 mais caro.

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O valor médio do GLP, o gás de cozinha, também aumenta 16%. Com isso, o botijão deve subir, em média, R$ 10.  

- "Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade", diz um trecho do comunicado da Petrobras feito nesta quinta. 

SENADO APROVA REDUÇÃO
O Senado aprovou, na tarde desta quinta, o Projeto de Lei (PL) 1.472/2021, que altera a forma de cálculo do preço dos combustíveis, além de criar uma Conta de Estabilização. Esse fundo funcionará como um mecanismo de amortecimento contra flutuações do preço do petróleo no mercado internacional. O objetivo é reduzir o valor dos combustíveis nos postos e evitar a oscilação constante de preços para o consumidor. Agora, o projeto segue para a Câmara.

O PL estabelece diretrizes da política de preços na venda de combustíveis e derivados do petróleo. São elas: proteção dos interesses do consumidor; redução da vulnerabilidade externa; estímulo à utilização da capacidade instalada das refinarias; modicidade de preços internos; e redução da volatilidade de preços internos.

A lógica da Conta de Estabilização será economizar na baixa, retardando a queda dos preços, para posteriormente retardar a alta dos preços, contendo variações de curto prazo. Assim, a fonte prioritária dessa conta sairá da própria margem de variação dos preços.

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O texto também estipula que os preços dos combustíveis derivados de petróleo praticados no país tenham como referência as cotações médias do mercado internacional, os custos internos de produção e os custos de importação.

Uma das críticas do autor do projeto, Rogério Carvalho (PT-SE), e que motivou sua redação, está na fórmula atual de cálculo dos preços dos combustíveis, com base na Paridade de Preços Internacionais (PPI). Desde 2016, a Petrobras adota o PPI, que vincula o preço do petróleo ao mercado internacional tendo como referência o preço do barril tipo brent, que é calculado em dólar. Portanto, o valor internacional do petróleo e a cotação do dólar influenciam diretamente na composição dos preços da companhia.

AUXÍLIOS
O projeto também traz um aumento no valor do auxílio-gás. Ele revê a legislação que criou o auxílio, ampliando seu público, em 2022, para 11 milhões de famílias. Seria o dobro de sua meta de atendimento em relação aos valores originalmente aprovados na lei orçamentária anual.

Uma das alterações feitas no texto hoje pelo relator, Jean Paul Prates (PT-RN), foi a inclusão de um auxílio a motoristas de baixa renda e a ampliação do vale-gás a famílias carentes. O chamado Auxílio Combustível Brasileiro vai beneficiar motoristas autônomos, taxistas e motociclistas de aplicativo com renda familiar de até três salários-mínimos, priorizando quem recebe o Auxílio Brasil.
*Com informações da Agência Brasil

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